Por que é tão difícil denunciar violência?

Como explicar a violência? O choque que se experimenta ao ser submetido a uma agressão "é muito forte. Não é fácil reparar os danos sofridos pela vida de quem vivenciou a violência e, portanto, uma violação da própria mente e do próprio corpo, uma violação geral do próprio ser como pessoa e depois como mulher Por que é tão difícil denunciar a violência e pedir justiça pelo que vivemos?
Antes de abordar o assunto, pode ser encorajador olhar para a tenacidade e força de uma mulher que se defende contra uma agressão, veja aqui:

1. O que deve ser feito depois de ser abusado

A primeira reação da vítima é ir para casa e tomar banho, para se livrar da sensação de sujeira que há por dentro. Em vez disso, o que você deve fazer imediatamente é ir para o hospital. Seria oportuno optar por um pronto-socorro equipado para acolher vítimas de violência sexual, estruturas cada vez mais crescentes, porque já sabem intervir: é preciso mesmo colher, iniciar o procedimento pelo risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis e proceder às averiguações posteriores quanto à possibilidade de gravidez.Outro passo seria fotografar todas as possíveis marcas deixadas no corpo, pois serão úteis para a responsabilização criminal do autor da violência. A dificuldade neste caso, porém, é ter que enfrentar imediatamente as perguntas que traçam as terríveis sensações que acabamos de experimentar: é preciso muita clareza e coragem para fazê-lo. Para as vítimas de violência existe, além do Telefono Rosa, também o refúgio, como apoio para lidar com este trauma em todos os aspectos e receber todas as informações necessárias.

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2. Porque você tem medo de denunciar violência

Os motivos para não denunciar a violência podem ser diversos e, embora seja errado não denunciar, os motivos dessa escolha não são impossíveis de compreender. Temos medo, sobretudo, de não acreditar: é difícil haver testemunhas, a palavra da vítima é contra a do carrasco e ainda hoje acontece que nos sentimos quase acusados ​​pela violência sofrida. Gostar? Com perguntas como: Por que você estava lá naquela hora? Por que você se vestia assim? Por que escolheu o clube? Por que você bebeu? Que atitude você teve? Por que você confiou e entrou no carro? a culpa é pesada de gerenciar, muitos julgam as vítimas como, em parte, perpetradores. Muitas mulheres se sentem culpadas de qualquer maneira, por sua própria incapacidade de reagir à violência ou pelo sentimento de tê-la causado.Mas um assassino é menos culpado de seu crime, só porque a vítima pode provocá-lo?
Além disso, a violência mais frequente é obra de pessoa conhecida, e não do agressor desconhecido que caça na rua, por exemplo, estamos falando de um companheiro, de um familiar, de um amigo ou de um vizinho: enfim, homens que conhecemos. Essa eventualidade leva a dúvidas consideráveis ​​sobre a possibilidade de ser acreditado e realmente levado em consideração.

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3. O que acontece quando a violência é relatada

Se depois de uma violência você for à polícia, deverá primeiro ser encaminhado a um pronto-socorro equipado para o caso, após o qual terá início um processo criminal, no qual você poderá formar uma parte civil. Não deixa de ser importante que haja a oportunidade do incidente probatório, em que se conta a sua história numa dimensão privada, com a possibilidade de haver um julgamento à porta fechada. Obviamente, para tal procedimento, a questão econômica deve ser considerada. A este respeito é também útil saber que existe a possibilidade de contar com o denominado apoio judiciário gratuito, com o qual o Estado suporta as custas judiciais, tanto para o advogado como para quaisquer consultores.
A reflexão importante diz respeito à “importância da informação”, quem sofre violência deve saber que pode e deve fazer algo. Mesmo que o caminho pareça difícil, não somos os únicos a enfrentá-lo. Ensinar o respeito por quem amamos também parte disso: da verdade, a verdade a ser reivindicada para se respeitar até o fim. Respeito pelo corpo de cada um. próximo e pelas suas escolhas, pelas de mulher, deve ser um alicerce do futuro que estamos construindo: começa conosco.

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Aqui está uma esplêndida homenagem a quem somos: mulheres de verdade.

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