O "boato" corre na web: como nasce um falso mito da comida e por que é perigoso

A web sempre foi considerada o lugar por excelência onde a liberdade de expressão e de compartilhamento encontram um amplo espaço, apoiada na contribuição apaixonada dos usuários. É o espaço simbólico por excelência para a troca de conteúdos, notícias ou opiniões, que os utilizadores transmitem e trocam em tempo real, com um simples clique. Se por um lado a riqueza de conteúdos é portanto apreciável, por outro corre o risco de prejudicar a qualidade da informação prestada. Quantos, de fato, questionam realmente a veracidade das notícias que lemos todos os dias na web? Embora para muitos seja um problema secundário ou relativamente sério quando se trata de fofoca ou assuntos atuais, a situação muda quando se trata de questões relacionadas à saúde e nutrição adequada. Na verdade, a consciência e a sensibilidade para o fenômeno "hoax" estão crescendo - um termo criado para indicar uma afirmação falsa ou improvável - especialmente quando se trata de nutrição.

Para esclarecer e aprender mais, decidimos investigar as causas e origens dos falsos mitos sobre alimentos na web.

A fácil generalização

Um primeiro alimento para o pensamento vem de David Lazer, um professor especialista em Ciências Sociais Computacionais, segundo o qual o caráter democrático da informação favoreceria o surgimento de falsos mitos. A presença de uma vastidão multiforme de conteúdos produzidos livremente facilitaria a construção de inúmeras lendas da comida. Como acontece na história oral, onde na troca de informações há tendência a generalizar e simplificar, surgiria um falso mito da descrição generalista e pouco precisa do usuário na rede; segundo Lazer, seria a ausência de um preparo científico adequado para dar origem a uma "farsa".

Veja também

Por que vêm os soluços? Pode ser perigoso?

Circuncisão: o que é e por que é feito

Por que frutas secas são boas para você? Aqui estão as principais razões pelas quais você deve integrar

Os búfalos? São contagiosos

Além disso, a difusão viral da informação, favorecida pela própria natureza da rede, contribuiria para explicar os motivos dos falsos mitos alimentares. Como o estudioso Alessandro Vespignani apontou a esse respeito, “A informação é um vírus, um fenômeno de contágio social”, que se propaga em grande velocidade seguindo trajetórias e dinâmicas complexas que precisam ser "previstas e analisadas" com cuidado.

O ditado "Aquele que se parece, leva a si mesmo" também se aplica aos búfalos

Mas a explicação mais esclarecedora sobre a origem dos búfalos é a proposta por Walter Quattrociocchi, coordenador do Laboratório de Ciências Sociais Computacionais do IMT de Lucca. Segundo o conhecido cientista da computação, os fenômenos sociais de homofilia e polarização, que favorecem a interação entre categorias semelhantes de usuários, contribuiriam para facilitar a disseminação de falsos mitos. Seguindo o raciocínio, quanto mais uma farsa é compartilhada por pessoas que conhecemos, mais aumenta a possibilidade de sermos infectados por ela. E quem entre os usuários tem maior probabilidade de confundir a brincadeira com um fato real? O pesquisador não tem dúvidas: são fãs de páginas de contra-informação, ou seja, notícias difíceis de verificar. Depois de veiculada, a brincadeira é disseminada online por usuários muito polarizados, ou seja, por aqueles que possuem em média cerca de 80% de curtidas em fontes de informação de difícil controle. Para expor os comunicadores, o jogo é simples; basta encontrar um e nesse ponto teremos identificado também os outros; como revela o Dr. Quattrociocchi, isso acontece “Porque graças à homofilia, podemos identificar com precisão a rede de amizades de cada um deles”.

Digital fake

Eles estão desenfreados na web, estimulando a curiosidade e o interesse dos usuários, mas são "falsos", na verdade, falsos. Com este termo podemos designar diferentes realidades, desde um perfil falso no Facebook, até uma fotomontagem ou mesmo uma notícia falsa, tanto mais difícil de desmascarar quanto mais parecida com a realidade.Até o momento, não existe antídoto para a "farsa", porém a suposição de um espírito crítico é um bom ponto de partida: avaliar conscientemente conteúdos virtuais, comparar fontes múltiplas, treinar ativamente o senso crítico, de fato, pode ser uma ótima maneira de comece a compreender os falsos mitos da comida e a esclarecer a web! Ver é crer…

Em colaboração com Merenditeitaliane.it