Sair: o que significa e como difere de sair

Existem aspectos de nossa vida que, embora inofensivos, desejamos manter privados. Quem votamos nas eleições, nossas crenças religiosas, nossos gostos em filmes e música e nossa sexualidade. É sobretudo nesta última área que muitos de nós lutamos para nos abrir, especialmente se a nossa orientação sexual sempre foi alvo de ofensas e discriminações. Em particular, quando se trata de declarações de homossexualidade, é bom distinguir diametralmente dois conceitos oposto, mas equivocadamente considerado sinônimos: o sair e o sair. Neste artigo, explicaremos em profundidade em que consiste este último fenômeno e o que o diferencia do primeiro.

O significado do passeio

A expressão do outing faz parte da terminologia LGBT e se refere à divulgação da orientação sexual de determinada pessoa sem o seu consentimento. O termo deriva do verbo transitivo "to out", que em inglês significa "jogar fora", justamente porque, por meio dessa prática, é expelida à força informações que o interessado teria preferido manter em sigilo. Acontece não raro, de fato, que, por preconceitos e estereótipos, alguém relute em se revelar homossexual e prefira esperar antes de se declarar espontaneamente ao público. Porém, em casos como este, alguns indivíduos, culpados de arrogância e falta de tato, podem decidir denunciar o não declarado, a respeito do qual têm suspeitas sobre sua orientação sexual.

Hoje em dia, passeio é um conceito que pode assumir mais de um significado e não se limita apenas à esfera sexual. Quando alguém decide tornar público um detalhe privado, como alinhamento político ou fé religiosa, de outro indivíduo sem o seu consentimento, isso é passeio.

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O termo outing está presente nos Estados Unidos desde 1990. Aparece pela primeira vez na revista Time, em artigo em que gays eram incentivados a se assumir, ou revelar sua homossexualidade, sem mais se esconder atrás de uma máscara. O jornalista Michelangelo Signorile, em particular, era um defensor fervoroso da prática do passatempo como arma política contra a hipocrisia de autoridades políticas e religiosas que, apesar de serem secretamente homossexuais, eram porta-vozes de projetos de lei e de opiniões altamente discriminatórias contra a comunidade LGBT. Não é por acaso, de fato, que ainda hoje e em todas as partes do mundo, a maioria das pessoas que se exaltam são celebridades e figuras públicas.

Um exemplo bastante conhecido de um passeio que aconteceu na televisão italiana envolve Albano Carrisi e Paolo Limiti. Há alguns anos, o cantor apuliano, aliás, insinuou ao vivo na televisão que o maestro era gay, sem que este jamais tivesse feito declarações semelhantes na primeira pessoa. Sempre permanecendo na Itália, muitas vezes o passeio é feito na pele dos esportistas, principalmente no mundo do futebol, alimentando muitas dúvidas sobre sua sexualidade, mesmo na ausência de evidências. Acima de tudo Cristiano Ronaldo, em quem se desperdiça fofocas e conjecturas com extraordinária frequência.

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Por que foi revelado?

Existem vários motivos que podem levar alguém a sair em nome de outra pessoa. Vingança pessoal, desejo de comprometer a reputação, de ter material “bruto” disponível para publicar na própria revista. Se, por outro lado, quisermos considerar o "lado bom" do passeio e encontrar uma justificativa para esse fato, poderíamos novamente levar em consideração a opinião de Michelangelo Signorile, segundo a qual divulgar publicamente a homossexualidade oculta de conhecidos personalidades homofóbicas é equivalente a denunciar em exibição pública sua hipocrisia. Também da mesma opinião foi Peter Tatchell, um ativista britânico que concebeu o "passeio como uma forma de" autodefesa gay ", bem como um direito e um dever dos homossexuais, pois, só assim, seria possível impedir as ações ruinosas daqueles que infligem sofrimento aos membros da comunidade LGBT, também argumentando que “o conluio entre homofobia e hipocrisia não é eticamente defensável pelos cristãos ou qualquer outra pessoa”.

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Sair e sair: qual é a diferença?

As palavras são importantes e é igualmente importante saber a maneira correta de usá-las. Muitas vezes, ao lidar com termos como sair e sair, isso infelizmente não acontece. Os próprios jornalistas, aqueles que devem primeiro compreender e defender o valor de uma linguagem, tendem a confundir essas duas expressões, considerando-as equivocadamente como sinônimos. Ao contrário do que costuma ser lido na mídia, há uma diferença substancial de significado entre assumir e assumir. As duas expressões, de fato, não são absolutamente intercambiáveis, mas devem ser distinguidas para evitar mal-entendidos do ponto de vista comunicativo. Um indivíduo se manifesta quando decide declarar aberta e voluntariamente à família, amigos e conhecidos que é homossexual e decide fazê-lo ele mesmo. Saindo, na verdade, é uma expressão inglesa que significa literalmente "sair do armário", neste caso, revelar ao mundo sua orientação sexual e dizer a todos para serem gays. Pelo contrário, porém, a frase ida, que como vimos anteriormente tem o significado de "jogar fora", implica uma certa passividade por parte do sujeito cuja homossexualidade é gritada dos telhados sem sua permissão.

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Por que é errado sair?

A sexualidade é um aspecto íntimo da vida de uma pessoa e deve-se ter o devido respeito por ela. Revelar alguém está errado em vários níveis, começando com a privacidade primeiro. Todos têm o direito de decidir o que compartilhar com o resto do mundo e o que não, especialmente quando se trata de um assunto privado.

Independentemente da conduta de uma determinada personalidade pública, não é correto especular sobre sua orientação sexual, que, ao contrário, deve ser tratada com extrema delicadeza e o máximo sigilo.

Na verdade, ninguém está ciente do tormento interno que muitas vezes envolve um caminho de aceitação. Às vezes, leva anos para uma pessoa finalmente tomar consciência de sua homossexualidade e tantos anos para estar pronta para se declarar abertamente gay. Alegações e especulações certamente não ajudam, pelo contrário, amplificam suas inseguranças e atrasam ainda mais qualquer declaração.

É em função dessas considerações que é preciso aprender a respeitar o tempo de cada um, sem pressa e sem pressão, muito menos se apropriando de um momento significativo e privado como a própria saída pessoal.

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