Adeus a Katherine Johnson: ela levou o homem ao espaço e à lua

Katherine Johnson morreu aos 101 anos, sem os quais o homem nunca teria voado para o espaço ou posto os pés na lua, ou, pelo menos, teria que esperar mais tempo para ter sucesso. A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos da qual Katherine foi a primeira cientista afro-americana, fez o triste anúncio nas redes sociais. “Esta noite contamos as estrelas e lembramos um pioneiro” e novamente “Estamos tristes com o desaparecimento da famosa matemática Katherine Johnson. Seu espírito e determinação nos ajudaram a liderar uma nova era na exploração espacial e somos gratos a ela por isso. "

"Computador humano", como fora apelidado pela exatidão de seus cálculos, considerados muito mais confiáveis ​​que os computadorizados, tanto que o astronauta John Glenn exigiu que este último fosse sempre verificado pessoalmente por ela.

Da segregação racial à missão Apollo 11

A história de Katherine começa em 26 de agosto de 1918, quando ela nasceu na Virgínia, filha de um pai lenhador e mãe professora. Seus pais logo lhe ensinaram o valor da educação e, apesar dos anos de apartheid, Katherine até conseguiu frequentar a faculdade. Depois que a Suprema Corte dos Estados Unidos reconheceu o direito de estudar para alguns estudantes negros, em 1938 Katherine se tornou a primeira mulher afro-americana a entrar na pós-graduação na West Virginia University.

Após a formatura, a física e a matemática chegam ao Langley Research Center, onde mostram seu enorme potencial. Munida de ferramentas rudimentares como régua e lápis, Katherine consegue calcular a trajetória de vôo de Alan Shepard, o primeiro americano a voar ao espaço, e torna possível a missão Apollo 11, graças à qual o homem pousa pela primeira vez na lua na história.

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"O direito de contar"

Katherine, no entanto, não fez tudo sozinha. Esses sucessos, na verdade, foram o resultado do trabalho em equipe realizado em conjunto com Dorothy Vaughan, matemática e programadora, e Mary Jackson, engenheira espacial. Aqueles foram os anos sombrios da Segunda Guerra Mundial, muitos homens partiram para a frente e foram contratados apenas como "paliativos". No entanto, nunca antes ficou claro que as mulheres também mereciam uma oportunidade de demonstrar do que eram feitas. A atenção deles era máxima, nada podia ser dado como certo e, apesar da discriminação contínua que sofriam, não havia um dia em que eles não dessem seus mil por mil. Só em 2016, porém, esses nomes conquistam o reconhecimento que merecem. A história deles é, de facto, contada pelo realizador Theodore Melfi no filme “O direito de contar” (figuras escondidas), que recebe enorme aclamação.

Mulheres e ciência: uma combinação perfeita

Em 2015, Katherine foi ainda agraciada com a maior homenagem civil feita nos EUA, a Medalha da Liberdade, pelo então Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Durante sua longa vida, Katherine teve que lutar contra o sexismo e o racismo várias vezes, ainda conseguindo vencer todas as suas batalhas. A mulher, com seu exemplo, também mostrou que se pode lidar com a ciência independentemente do seu sexo biológico, superando efetivamente a lacuna de gênero que afeta os sujeitos STEM antes mesmo que esse triste fenômeno fosse reconhecido. Hoje, olhando para o céu, veremos brilhar uma nova estrela, a mais brilhante de todas.