Alessandro Siani: “É importante sonhar, sempre”

por Laura Frigerio

Há quem o compara ao grande Massimo Troisi e de facto encontramos nele o mesmo misto de ironia e doçura, com um toque de melancolia que se transforma em poesia.Estamos a falar, como deves ter compreendido, de Alessandro Siani. O comediante napolitano, que ainda este ano estreou na direção com "Il principe abusivo" (filme de grande sucesso), vive um momento áureo da sua carreira: graças a um talento já reconhecido e a uma espontaneidade que o faz imediatamente entrar em harmonia com as pessoas .
Alessandro Siani não parou nem neste verão e foi um dos convidados mais esperados da 43ª edição do Festival de Cinema Giffoni, o conhecido festival infantil, onde foi “muito bem recebido”.
Nós o encontramos para bater um papo com ele ...

O tema desta edição do Festival de Cinema de Giffoni foi “Jovens para sempre”. Qual é o seu segredo para sempre permanecer jovem?
Era uma vez contava-se contos de fadas dizendo que "era uma vez" que te permitia desligar-se da realidade: esta, na minha opinião, poderia ser a fórmula para permanecer "Para sempre jovem". E depois tem o sonho : é lindo e importante sonhar, principalmente para os mais novos.

Você dirigiu e interpretou um conto de fadas moderno. Estamos falando naturalmente de “Il principe abusivo” ...
Comecei a escrever este filme depois de terminar de filmar bem vindo ao sul. Já havia uma sequência no ar, mas eu queria focar em uma nova história e queria algo que fosse atual, simples e leve. Entrei na ponta dos pés no mundo do cinema como diretor, então três milhões de italianos foram ver o filme e eu só posso estar feliz!

Mas o sucesso não subiu à sua cabeça ...
Como disse um famoso produtor "voe baixo para se esquivar das pedras!". Então, sejamos realistas, com a crise de hoje não há sucesso garantido, também porque muitos telespectadores se perdem com os downloads.

Na sua opinião, qual é a fórmula para fazer uma boa comédia?
Infelizmente, a velha comédia italiana não existe mais, porque não existem mais os mesmos roteiristas e o mesmo público.O importante, a meu ver, é nunca ser vulgar porque a piada deve sair da cabeça.

O que você acha que é vulgaridade?
A vulgaridade existe quando você não tem nada para contar. Por exemplo, sempre me inspirei em Totò para a época, em Eduardo De Filippo para escrever e em Massimo Troisi porque era o comediante dos sentimentos. Eles não eram vulgares.

Não é por acaso que muitas vezes se aproximam de você em Troisi ...
Quando comecei a Troisi, Pino Daniele, seu produtor Berardi e a roteirista Anna Pavignano me mimaram. Só posso agradecer a eles, porque me ensinaram o que são pureza, simplicidade e habilidade.

O que faz você rir?
Normalmente são as coisas do dia a dia que me fazem sorrir, a espontaneidade das pessoas e das crianças. Gostaria, mais cedo ou mais tarde, de fazer um filme com crianças.

Será seu próximo projeto?
Não o imediato. Agora tenho um filme em andamento que deve ser lançado no Natal de 2014. Será uma história muito genuína, ambientada nas províncias.